Grite, grite suas dores, grite suas vontades, seus defeitos, suas qualidades, seus desejos, suas raivas, seus amores. Grite o mais alto que puder, para que todos ouçam, mas que principalmente, você ouça.
Saia do automatico, se reconheça como ser humano, não como um robo. Entenda e faça todos a sua volta entenderem isso.
Se aceite vulnerável, nem sempre ser vulnerável é ruim. Admita suas fraquezas, seus pontos fracos. Mostre sua vulnerabilidade para que os outros entendam, mas principalmente para que você entenda. Demonstre seus limites, seus cansaços, suas dores. Os outros não tem obrigação de saber se você não falar. Então para que respeitam seus limites, você primeiramente precisa respeitar.
Mostre, quantas vezes forem necessárias. Dispa-se do papel de herói. Tire a armadura, mostre suas chagas. Se mesmo assim não compreenderem que pelo menos você compreenda.
As pessoas só passam dos limites conosco, porque permitimos, porque ultrapassamos infinitamente o respeito por nós mesmos.
Grite o não entalado, a palavra não dita. Grite, diga o chega o basta. Antes que o tempo passe, e nada de útil você fez por você, por muitas vezes se forçar pelo bem dos outros, para agradar o próximo. Tenha consciencia, de que a culpa e de quem permite. Ninguém vai advinhar nossos nãos. Nossas fraquezas, se o tempo todo damos conta de tudo.
Nós "super-herois" falhamos. Sim , falhamos. E quando a falha acontece, niguém aceita, nem mesmo nosso eu, afinal somos embativeis. E então de maravilhosos nos tornamos os piores. Por não suprirmos a expectativas dos outros. Mas sabe qual a maior falha? com nós mesmos.
Falhamos porque não admitimos chorar, errar, dizer não, estabelecer limites, se dar limites, admitir o pedido de socorro do corpo e da alma. Feridos seguidos pelo bem do próximo. Mas quem é o mais próximo de mim se não eu. O que me da o direito de destruir meus sonhos e espectativas, meu descanso, meu sono, minha vida, simplesmente para agradar o proximo.
VIvemos numa era em que as pessoas exigem a presença constante, a resposta imediata, a doação sem medidas. Julgam que podem ofender, falar o que querem, sem olhar para a alma do outro lado. Sem nem se perguntar : ela sente dores? Ela esta bem? Muitos por terem suas dores e frutrações, descontam no próximo como se este fosse uma lixeira. Não há o se importar, dane-se o outro. Ele tem que servir a mim. E ai caimos na questão da empatia. Tem que ter empatia com o outros, ele esta sofrendo por isso está agindo assim. Mas por isso devo deixar a empatia por mim de lado? De achar certo que tratores de palavras e ações passem por cima de mim, e depois levantar, sacudir poeira, e em meio a tantas feridas dizer tudo bem? Não sei, juro que não sei até que ponto se destruir, vale a pena. Temos que ser empaticos e respeitosos uns com outros, mas também conosco.
No fim de toda a historia será você e você. E aí....como será?